Quando o paciente entra no meu consultório, pressuponho que precise de ajuda e que queira ser ajudado.
Então não faz sentido algum esconder dados referentes a si mesmo e que podem fazer toda a diferença na decisão terapêutica...
Mas principalmente quando a doença é a obesidade, a coisa complica.
E por vários motivos, entre eles crenças que associam a obesidade à preguiça, comilança e “sem-vergonhice” que familiares, amigos, alguns médicos e inclusive o próprio paciente têm.
A obesidade é uma doença: um bom médico não faz julgamentos, ele faz o diagnóstico corretamente e trata o paciente. Penso que tratar o paciente obeso com excessiva indulgência também não é o caminho. Mas julgar e dizer que o paciente é “sem-vergonha” não pode!
Entender que há tendência familiar, fatores hormonais e ambientais envolvidos é o mínimo que um médico deve saber, e desta forma considerar a associação de remédios ao tratamento.
Lembrando que estou falando de obesidade e não de perder uns 2 ou 3 kg extras.
Se você escolheu um médico e confia nele, forneça todos os dados necessários para que ele possa fazer um diagnóstico adequado e tratá-lo corretamente.
Você só sai ganhando!
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